Como evitar quedas de idosos e quais os perigos

Em geral, caímos com mais frequência quando estamos aprendendo a andar e quando somos idosos.

No primeiro caso, ainda estamos aprendendo como controlar os movimentos corporais.

No segundo caso, as causas variam.

Neste texto falaremos sobre como evitar as quedas em idosos e quais são os principais perigos.

Quais as principais causas de queda em idosos?

Diversos são os motivos.

O primeiro deles pode ser indicado como associado ao processo natural de enfraquecimento da musculatura.

Outro fator pode estar associado a problemas neurológicos que diminuem a sensibilidade, por exemplo, e acabam por contribuir para que se tropece com mais frequência.

Além disso, o processo de perda da audição e visão também podem contribuir para o aumento da frequência das quedas.

Quais os perigos mais preocupantes?

Além de acarretarem maior complicações, as quedas podem produzir fraturas, dado que a estrutura óssea também diminui sua densidade com o avanço da idade.

Além disso, pode-se produzir como consequência da queda a perda da funcionalidade, demanda por substituição de partes do corpo por próteses (principalmente as de quadril) e apresentação de tromboembolismo.

Ademais, se a pessoa idosa fica impossibilitada de se movimentar, existem também os impactos psicológicos que podem reduzir a qualidade de vida.

Muito cuidado com o quadril!

Embora qualquer queda seja relevante e todas as partes do corpo devam receber atenção, as quedas que produzem fratura no quadril têm aumentado, também a mortalidade dos idosos em curto e longo prazo.

O quadril é uma articulação fundamental para a realização de movimentos.

Quando há uma fratura no quadril, diversos desdobramentos são possíveis.

• Presença de dor que deverá ser manejada com medicamentos e fisioterapia;
• Limitação dos movimentos;
• Limitação da autonomia, pois precisará de ajuda para se movimentar e para as atividades diárias;
• Perda de mobilidade e acúmulo de secreções nos pulmões;
• Ocorrência de pneumonia;
• Presença de infecção urinária;
• Problemas gastrointestinais;
• Diminuição no fluxo sanguíneo que pode ocasionar trombose;
• Necessidade de cirurgia para correção da fratura e, em alguns casos, colocação de prótese;
• Necessidade de internamento e consequente afastamento do lar;
• Demanda por cuidados no cotidiano que podem gerar impactos psicológicos.

Como evitar as quedas?

Primeiramente, os idosos precisam manter uma rotina de atividade física devidamente acompanhada por profissionais capacitados para que os músculos sejam fortalecidos.

Deve, também, ser acompanhado periodicamente por um médico para verificar eventuais quadros de saúde mascarados.

Ademais, nas características gerais do espaço no qual os idosos vivem, é interessante:

• Evitar a presença de tapetes para que as chances de tropeçar sejam reduzidas;
• Utilizar o corrimão sempre que subir ou descer por escadas e corredores com elevação;
• Utilizar sapatos adequados, de preferência fechados e cujo solado seja de borracha para evitar escorregamentos;
• No interior do banheiro, utilizar tapete ou piso antiderrapante;
• Não transitar por terrenos úmidos ou escorregadios;
• Evitar utilizar cera dentro de casa, pois ela deixa o chão/piso liso;
• Espacializar os móveis de casa para que a pessoa tenha espaço suficiente para se deslocar sem bater nos mesmos;
• Quando for utilizar transportes, esperar com que o mesmo esteja totalmente parado para que seja possível subir e descer dele;
• Sempre utilizar faixa de pedestre;
• Quando for indicado, utilizar corretamente as bengalas e demais auxílios.

Dr. Marcelo Guimarães

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