Como é feita a cirurgia de prótese de quadril?
Postado em: 08/05/2023
A articulação do quadril pode sofrer mudanças por diversos fatores, como artrose (desgaste articular), fratura, osteonecrose, entre outras lesões. Quando estas alterações ocasionam dor intensa e limitação para realizar simples atividades, como caminhar, sentar ou entrar e sair do carro, e o uso de medicações e outros tratamentos não diminuem o desconforto, considera-se a realização da artroplastia de quadril.
O que é artroplastia do quadril?
A artroplastia de quadril consiste na substituição cirúrgica da articulação lesionada por uma prótese confeccionada de materiais artificiais (metal, titânio ou polietileno). A troca pode ser total ou parcial. A prótese parcial constitui na substituição apenas do componente femoral com a preservação do acetábulo. Já a prótese total consiste na substituição dos componentes femoral e acetabular (encaixe da cabeça do fêmur com a bacia).
Avaliação ortopédica
A avaliação realizada pelo especialista em quadril antes da cirurgia é composta por várias etapas:
Histórico médico: informações gerais sobre a saúde do paciente e sobre a intensidade da dor no quadril e quanto elas prejudicam sua capacidade de executar atividades da vida diária.
Exame físico: avalia a mobilidade, força e funções do quadril.
Radiografia: as imagens ajudam a avaliar a extensão dos danos ou deformidades no quadril.
Exame de imagem: a ressonância magnética pode ser solicitada para determinar as condições do osso e dos tecidos moles do quadril.
Como é feita a cirurgia?
A cirurgia da artroplastia de quadril é um procedimento seguro e efetivo que substitui a articulação comprometida do quadril por uma articulação artificial (prótese). Seu objetivo visa aliviar as dores, melhorar os movimentos e ajudar a desfrutar das atividades do dia a dia.
Existem diversos tipos de implante, que variam conforme a sua fixação, tamanho, material (metal ou polietileno), modelo, cada um com suas vantagens e desvantagens, indicações e cuidados específicos. Somente o ortopedista especialista em quadril pode fazer a melhor indicação para cada caso.
Entre as doenças que, geralmente, necessitam da artroplastia de quadril estão: artrose, displasia, osteonecrose, impacto femoroacetabular, lesões de cartilagem, doenças inflamatórias e reumáticas, além de fraturas do quadril.
O procedimento dura, em média, 2 horas e meia, dependendo do estado de saúde do paciente, e o período de internação hospitalar pode variar de três a cinco dias.
- A cabeça do fêmur lesionada é retirada e substituída por uma haste metálica, que é colocada no centro oco do fêmur.
- Uma esfera de metal é colocada na parte superior da haste. Ela substituiu a cabeça do fêmur lesionada que foi retirada.
- A superfície cartilaginosa lesionada da cavidade (acetábulo) é retirada e substituída por uma cavidade metálica, que pode ser fixada no local correto usando parafusos ou cimento ortopédico.
- Um espaçador plástico ou metálico é inserido entre a esfera e a cavidade nova para proporcionar uma superfície de contato com o menor atrito possível.
No hospital, o paciente inicia o pós-operatório imediato no mesmo dia que a cirurgia foi realizada. O fisioterapeuta acompanha o paciente nas primeiras atividades motoras como sentar, sair da cama e caminhar, com o auxílio de muletas ou andador para evitar sobrecarga na articulação operada.
O médico prescreve medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios. Durante o pós-operatório, é importante que o paciente, além de seguir as recomendações médicas, tome algumas precauções, como:
- Não cruzar as pernas (para evitar o deslocamento da prótese);
- Evitar girar a perna operada para dentro ou para fora;
- Evitar deitar de lado sobre a perna operada (principalmente no primeiro mês);
- Ao subir degraus, utilizar a perna não operada primeiro e depois a operada. Para descer, fazer o contrário, posicionar a perna operada e depois a não operada.
- Realizar atividades físicas leves, como caminhadas, nas primeiras semanas após a cirurgia.
- A recuperação total da artroplastia de quadril pode variar de seis meses a um ano.
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